GR22 - Conclusão

Tudo tem um início… tudo tem um fim! Apesar de no post da 7ª e última etapa da Grande Rota das Aldeias Históricas (GR22) ter dado já umas nuances conclusivas destas grande aventura… muito mais há a dizer! Ah pois é! Assim… se este blog iniciou com GR22 - Introdução… era mais que legítimo terminar com o post GR22 - Conclusão!
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É nesta (breve) conclusão que gostaria de enaltecer em algumas simples palavras… alguns (mais que) justos agradecimentos!

Assim… começo por agradecer aqui ao “mentor” da Aventura GR22. Lembro-me como se fosse hoje… um dia memorável de pedalada… Travessia em BTT de Castelo Branco a Marvão… em plenas planícies alentejanas… surge a conversa acerca do GR22! Uma aventura especial… para mais tarde recordar… e foi no meio do seu palavreado efusivo do “Estás a Perceber!... Estás a perceber!... que pensei para comigo! – “Na verdade seria uma aventura e pêras! É mesmo viável fazer isto!” Para mim… foi neste dia que nasceu o “bichinho” do GR22! Ao mentor António Cabaço o meu OBRIGADO sincero!


Da ideia nasce a obra… e não tardou em se formar o quinteto que iria percorrer os cerca de 575Km’s do GR22. Quinteto… que desde inicio se decidiu não abranger mais aventureiros de modo a não complicar as logísticas inerentes à aventura! É pois aos meus colegas de aventura que pretendo agradecer pela companhia, emoção, sentimento, dificuldade, aventura, camaradagem, força, amizade… e tudo mais que foi partilhado entre nós ao longo destas 7 etapas de GR22. A eles: António Cabaço, Luís Cabaço, Silvério e Carlos Sales… o meu OBRIGADO sincero!


Nem tudo foi fácil ao longo destes quase 2 meses! Se pudesse eleger uma das grandes dificuldades para uma próxima “loucura” (saudável) deste género… sem dúvida que o meu voto iria para a “Logística”! E no que toca a este ponto divido-o em 2 componentes: Transporte e Transportador!


Transporte: Tivemos a sorte formidável de termos semana após semana uma Carrinha VolksWagen de 9 lugares (modificada no dia do GR22 para 6 lugares)! Foi o ideal para esta aventura! Gentilmente cedida por um amigo do Silvério, que espero vir a conhecer em breve no nosso Almoço de Confraternização GR22. A ele…o meu OBRIGADO sincero!


Transportador… ou “carinhosamente” chamados de Motoristas Inter-Aldeias! Estes talvez tenham sido os que mais sentiram na pele o nosso sacrifício ao longo das etapas! Etapas de 5 horas… de 7 horas… e até 9 horas… enquanto nós pedalávamos e desfrutávamos das belezas do GR22… eles… os “Motoristas Inter-Aldeias”… esperavam… faziam tempo… apanhavam “seca”… ou simplesmente também aproveitavam para fazer o que lhes desse mais gozo! Certinho… era estarem à nossa espera sempre no local de destino! Foram exemplares! Fernando Micaleo, Maria João, Daniela, Abílio Fidalgo, João Fidalgo, João Afonso + Esposa, Pinto Infante, Pedro e Marisa… a todos vós… o meu OBRIGADO sincero!


Para quem queria ser breve… a conversa já vai longa! Mas não poderia terminar… sem enaltecer e agradecer aqui a uma pessoa que deu alento à minha aventura, deu mais força à minha força, deu apoio, compreensão e respeitou todo o meu querer e vontade em percorrer esta Grande Rota! A minha esposa Bárbara é essa pessoa! A ela todo o meu OBRIGADO!

A Grande Rota das Aldeias Históricas foi, para mim… uma experiência única, ímpar, memorável... Este meu (nosso) cantinho (Blog GR22) servirá para um dia mais tarde recordar… sempre com saudosismo!

OBRIGADO a todos que por aqui passaram!

7ª Etapa GR22 - Monsanto - Castelo Novo

Amigos… é já em tom nostálgico que o digo… terminámos a Aventura GR22 - Grande Rota das Aldeias Históricas!!!! Completámos no dia 26 de Julho a 7ª e última Etapa do GR22, que ligou a Aldeia de Monsanto à de Castelo Novo, local onde à quase 2 meses atrás (31 de Maio) demos a primeira pedalada nesta grande rota circular!
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O grupo pedalante repetiu-se pela terceira semana consecutiva… com o Sales novamente a marcar pela ausência. Luís Cabaço, António Cabaço, Silvério e eu, João Valente lá nos dirigimos pela hora matutina das 7 (da madrugada) até ao ponto de partida…nada mais, nada menos que… a mais portuguesa das aldeias… Monsanto!

O entusiasmo era evidente no interior da carrinha… era a última etapa, eram os últimos 65Km’s de GR22… era a etapa mais curta de todo o trajecto… era esta a etapa que fechava o círculo de uma grande aventura recheada de sensações e aventuras únicas! Havia de facto motivo para o entusiasmo que se vivia!!!

Com as nossas máquinas aprontadas e a chave do veículo entregue ao nosso motorista inter-aldeias Pedro (pela 3ª semana consecutiva!!!! Um sincero obrigado por essa disponibilidade toda)… era tempo de dar o mote… o meu mote: “— Malta… vamos lá fazer disto uma Aventura!” E que aventura nos esperava pela manhã em diante….

Descida até ao Posto local da GNR de Monsanto para virarmos à direita e iniciarmos mais uma calçada romana deste GR22! Técnica, bastante íngreme, com alguns degraus a complicar a descida e longa… bastante longa… até à pequena povoação da Deveza… onde permanecemos durante algum tempo fruto das necessidades emergentes e fisiológicas do Silvério (eheheh) e também pelo percurso pedonal desferido pelo AC ao longo da calçada… homem prevenido vale por dois! Eheheh!

Seguimos trilhos por mim já conhecidos de outras andanças pedestrianas até à Nossa Senhora da Azenha, deixando para trás aquele respeitável caramouço de Monsanto! As placas sinaléticas do GR22 não enganavam e ditavam as direcções exactas rumo a Idanha-a-Velha, outra aldeia histórica pertencente ao rol da Aldeias Históricas de Portugal.

Em Idanha-a-Velha sacámos a fotografia da praxe defronte ao portal medieval do Castelo e fomos depois em busca de um café local para o primeiro abastecimento da manhã! Foi no Café “Lafiv” que manducámos umas sandochas e bebericamos uns cafézitos. Como aldeia histórica que é… fizemos ainda um pequeno percurso “turístico” pela localidade onde registámos na digital os melhores retratos do património histórico local! — Olha a “tumba” do Silvério… ou melhor… olha o Silvério na “tumba” de alguém… Ehehehe!!!

Abandonámos as terras de Egitânea… com azimutes direccionados à vizinha Proença-a-Velha onde efectuamos mais um abastecimento de líquidos… Ice Tea’s, Águas, Ginginha… e claro o branquinho traçado por parte do nosso animador Silvério! Ehehehe… A dose de líquidos (e do branquinho traçado) repetiu-se logo na povoação seguinte… Aldeia de Santa Margarida… onde já se sentia assim um fresquinho esquisito… quase 40ºC… Uffff… vai lá vai!!! O Café “A Porta Velha” foi o palco de repouso nesta pacata localidade!

Os trilhos rolantes segiram-se… um sobe e desce aqui e acolá…faltavam cerca de 15Km’s para o final do GR22… quando o inesperado me acontece! Numa descida de areão… a roda dianteira teimou em entrar na regueira e lá vai disto… qual coice de burro, qual mergulho em terra… uma queda e pêras… voo directo ao chão com direito a slide no areão por uns bons metros! Orgulho ferido… cromados em sangue… orgulho ferido… jersey rasgado… cromados em sangue… mas pior… pior… orgulho ferido… malhar depois de 560 Km’s de GR22… a 15Km’do fim! Fiquei inconsolável!...

As mágoas e as feridas… essas lavei-as pouco depois no chafariz da Orca! Mas o orgulho… Enfim… ainda que perfeitamente dispensáveis… irei ter marcas do GR22 por algum tempo… gravadas no corpo! Qual tatuagens… Ehehehe! Um especial agradecimento aos colegas de grupo pela preocupação demonstrada e ao proprietário do Café “O Chafariz” na Orca que me disponibilizou uns desinfectantes SOS. Lá fica a “cambalhota” gravada na história do GR22!

Atalaia do Campo e Póvoa da Atalaia foram os últimos pontos de passagem antes de começar a vislumbrar a meta… o objectivo final… Castelo Novo… a aldeia bem protegida pelo maciço rochoso da Gardunha nas suas costas!

Os últimos Km’s de uma estupenda aventura foram feitos em subida… subida até ao fontanário que nos viu partir no dia 31 de Maio de 2009, dia em que iniciámos a Grande Rota das Aldeias Históricas.

A etapa de hoje estava concluída… mas na minha mente isso era irrelevante… importante era sim a conclusão do GR22. O objectivo a que me tinha proposto estava concluído e com sucesso! Os momentos de sacrifício, abnegação e até de algum sofrimento… foram relembrados à chegada…passaram-me pelo pensamento! Tinha valido a pena! Tinha sido uma experiência única… provavelmente difícil de repetir na totalidade! Estava satisfeito comigo mesmo… (apesar das feridas latejantes) … estava agora orgulhoso de ter completado uma bonita aventura e em boa companhia!

Era momento de comemoração… o Restaurante “Lagarto” serviu-nos a merecida refeição! A tagarelice foi constante… relembraram-se bons momentos, peculiares acontecimentos, aventuras e desventuras… emoções, sensações e quiçá novas aventuras! Brindámos à Saúde… brindámos à Aventura… brindámos à Grande Rota da Aldeias Históricas!

O GR22 terminou!


6ª Etapa GR22 - Sortelha - Monsanto

Na verdade é preciso gostar… gostar muito… e ter muita convicção (à mistura!) nos projectos em que nos inserimos e nos embrenhamos! Apesar de o BTT ser “apenas” um hobby… levo-o muito a sério e este projecto-aventura do GR22 é algo que me propus completar com o máximo de prazer… mesmo que isso envolvesse algum género de sacrifício! E na verdade… esta última etapa constitui isso mesmo… um pequeno sacrifício! Para marcar presença em Sortelha tive de fazer um parêntesis no meu período de férias em plena Praia do Ouro (perto da Praia de São Pedro de Moel), por mãos ao volante e vir até à capital albicastrense… pois é… um pequeno sacrifício… mas que valeu de todo a pena… pois a 6ª Etapa… já era! Eheheh!
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GR22 - Grande Rota das Aldeias Históricas, na sua Etapa 6, fez a ligação entre as aldeias de Sortelha e a mais Portuguesa das aldeias - Monsanto! O quarteto da etapa anterior repetiu-se mais uma vez e a ausência por motivos laborais do Sales também se confirmou esta semana (pena!)!! Assim… marcaram presença na fotografia de grupo em Sortelha os aventureiros João Valente (eu), Luís Cabaço, António Cabaço e Silvério! Estávamos prontos para a penúltima etapa do GR22!

Curiosamente o percurso oficial do GR22 (pela Carta do Lazer do INATEL) não inclui a passagem pela Aldeia de Sortelha… passando este apenas nas proximidades! É também verdade que todos os relatos que tenho lido pela web… falam da passagem em Sortelha! Assim, e considerando Sortelha uma das mais bonitas Aldeias Históricas, o nosso homem do GPS (António Cabaço) fez a sua inclusão no nosso traçado, enriquecendo 2 etapas… (esta e a anterior).

A saída de Sortelha deu-se pelas 8:30… e os primeiros 10Km’s corresponderam aos últimos 10Km’s da última etapa! Tudo pelo facto de Sortelha não estar incluído no traçado oficial do GR22! Assim o trajecto pelas Quintas dos Quintinhos até à Aldeia de Santo António não nos trouxe nada de novo… excepto a paragem no Café “Ponto de Encontro” nesta aldeia para fazermos o primeiro abastecimento da manhã… com a respectiva dose de cafeína!!!

Saímos da Aldeia de Santo António pelos “ Campos de Jogos”… o pelado lá do sítio! Ehehehe! Seguimos por largos Km’s de trilhos sobretudo “descendentes” onde aqui e acolá se vislumbravam como que sorrateiramente as marcas sinaléticas do GR22… degradação é a palavra-chave! Que pena…mesmo!

Os grandes aerogeradores no horizonte... vulgo “Eólicas”… começavam a aparecer lá ao longe… a Serra da Malcata e a sua Reserva Natural faziam agora parte do nosso palco de pedal! Apesar de manterem o seu movimento giratório do tipo ventoinha… dezenas delas… nem vento bulia! Calor… sim… esse era rei e senhor… os 40º graus marcaram no ciclómetro e foram a grande dificuldade do dia!

Passámos por entre as ruelas do Meimão e após algumas subidas algo pedregosas começámos a ver o azul esverdeado do espelho de água da bonita Barragem da Meimoa! Que bonita paisagem refrescante… tivemo-la como companhia durante alguns Km’s, pois a rota mandava seguir as margens da barragem… circundando-a quase na totalidade! Muito bonito mesmo!

O caudal de água era sereno… imóvel… óptimo para o concurso pesqueiro que ali se realizava! – Malta… aquela ideia do barquinho a motor era genial! Eheheheheheh!!!!!!… Não liguem… apenas efeitos do sol nas nossas mentes!!!! Eheheheheh!

Durante os trilhos que circundam a Barragem da Meimoa cruzámos o Percurso Pedestre “Patada da Mula” e o “Percurso do Sobreiral”… havendo um conjunto de marcos que nos baralharam por momentos… mas… a setinha do GPS não engana!!! Bendito GPS… neste GR22!!! Se não fosse este aparelho ainda andávamos à nora na 1ª Etapa! Ehehehehe!

A despedida da Barragem da Meimoa e do Parque Natural da Serra da Malcata fez-se pelo enorme paredão da barragem… seguindo o quarteto depois por alcatrão durante umas centenas de metros para cortar à esquerda numa sucessão de estradões de terra, pó e algumas charcas que deliciaram (e arrefeceram) a malta à sua passagem!

O destino seguinte foi o “Pátio do Lobisomen” (peculiar nomenclatura!!!) na localidade da Meimoa onde efectuámos uma pequena paragem para a lavagem do pêssego (dignamente) roubado! Eheheh… Mais à frente (na estrada principal da Meimoa) o Café/Restaurante “O Tear” foi o local eleito para beber uns refrigerantes fresquinhos afim de arrefecer os motores… O calor não perdoa e a desidratação instala-se com facilidade….

Da Meimoa em diante… o “Brain” do Silvério (Sistema de Suspensão desenvolvido pela Specialezd) entrou em verdadeira carburação e foi vê-lo entrar em acção! Deve ter havido ali algum curto-circuito com a Scott do AC… tendo este sido acometido pelo mesmo mal… Já eu e o Luís Cabaço… não fomos brindados com a chama “Brain” … e fomos “comendo” o pó da dupla “Brain&Brain”! Ehehehe!!!!

Os trilhos permitem alcançar a imagem de Penamacor lá distante… com a sua Torre de Menagem a sobressair dos limites da aldeia… mas a rota do GR22 “embica” para Sul com direcção a Aldeia do Bispo e posteriormente Monsanto. Não parámos na Aldeia do Bispo pois já íamos embrenhados e velozes com a imagem do “caramouço” de Monsanto que estava frente aos nossos olhos!

O calor apertava bastante… os bidons e camel-bags… secos! Mas a placa surge a dar ânimo e a apelar ao último sacrifício: “Bem-Vindos a Monsanto - Aldeia Mais Portuguesa”… pena que a placa está cá mesmo em baixo! Faltava vencer o “caramouço” de Monsanto para dar-mos a 6ª e penúltima etapa por concluída!!!!

Os “Brains” seguiram por ali acima com os olhos postos no ponto mais alto de Monsanto… já eu e o Luís parámos na Relva para fazer jorrar a água (morna) do fontanário sobre as nossas pernas… um autêntico banho… uma pequena maravilha! O grupo iria encontrar-se de novo na “Varanda de Monsanto” onde nesta etapa chegámos em antecipação ao nosso carro de apoio! Eheheh! O Pedro e a Marisa, os nossos motoristas de hoje surpreenderam-se com a rapidez com que cumprimos os 78Km’s de hoje! Eheheh! Um abraço de agradecimento para eles por mais esta ajuda no GR22. Obrigado!

Com as bifanas já na frigideira (à nossa espera) e o apetite no auge… sacámos a fotografia de final de etapa com a aldeia de Monsanto nas nossas costas! Sortelha-Monsanto, a penúltima etapa da aventura GR22 estava cumprida! O sentimento que se vive é de ansiedade em chegar ao fontanário de Castelo Novo… aquele de onde partimos no dia 31 de Maio! Vai haver festa… vai haver emoção… afinal de contas não é todos os dias que se termina o GR22…
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Amigos… encontramo-nos em Castelo Novo… junto ao Fontanário… ou mesmo lá dentro! Ehehehehehehe…
Fiquem Bem…


5ª Etapa GR22 - Castelo Mendo - Sortelha

A semana laboral com 4 noites de repouso sacrificadas foi bastante exigente… e quer queiramos quer não queiramos os nossos ritmos circadianos ficam alterados o suficiente para nos sentirmos em baixo de forma física! Assim sendo estava algo temeroso para esta etapa, a 5ª do GR22 - Grande Rota das Aldeias Históricas, que ligava as aldeias de Castelo Mendo a Sortelha! Mas… mas… mas… já lá vamos!!!!
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125Km’s de estrada é o que dista a aldeia de Castelo Mendo da cidade de Castelo Branco… pelas 8:20 horas já o quarteto de hoje (Silvério, António Cabaço, Luís Cabaço e eu (João Valente) preparava as “máquinas” em frente ao portal de Castelo Mendo… para as próximas horas de BTT… puro BTT! Hoje não tivemos a companhia do Carlos Sales que por motivos profissionais não pôde estar presente para desfrutar de mais esta aventura! Foi pena!

Antes da saída de Castelo Mendes ainda fizemos um mini-roteiro turístico por esta aldeia a fim de encontrar o melhor “spot” para a fotografia de grupo! A aldeia, a meu ver é bem típica daquilo que são as Aldeias Históricas e guarda-nos recantos magníficos dignos de registo fotográfico! O balcão da igreja em ruína foi o palco da foto-grupo inicial desta 5ª etapa do GR22.

À saída das portas muralhadas de Castelo Mendo esperavam-nos alguns Km’s em descida até atingirmos as margens do Rio Côa… lindo como o conhecemos na etapa anterior! A travessia do rio faz-se por um trilho “algo” repleto de vegetação… que nem se vislumbra mesmo estando ele à frente do nosso nariz! É assim a manutenção do GR22… vergonhoso! Este dá-nos acesso a uma ponte de pedra em lajes enormes e seculares que atravessam o caudal calmo do rio até à outra margem! Para trás fica Castelo Mendo… lá longe… lá no alto com a sua torre sineira a sobressair no azul celeste!

Inversamente ao início do percurso… era agora tempo de subida (ciclável) até Freineda… passando antes sobre a linha de Caminhos-de-ferro da Beira Alta com a Gare da Freineda observável ali bem pertinho! Nesta localidade fizemos a primeira de muitas paragens para abastecimento (de líquidos)… o calor iria ser nossa companhia fiel durante todo o trajecto… com o termómetro a marcar 39º nalgumas partes do percurso! Assim a hidratação era mandatária… e na Freineda, no Café do “Chico Mocho” absorvemos a dose de cafeína diária que sempre ajuda nos momentos mais difíceis! Ehehehe!

Seguiram-se uma série de estradões bastante rolantes vizinhos de paisagens planas de cearas onde aqui e acolá se viam umas manadas de gado “vacum” pachorrentas à sombra de grandes carvalhos. A localidade que se seguiu foi a Aldeia da Ribeira com paragem no Café/ Restaurante “A Bernardina” onde o aroma a cabritinho em breve iria perfumar as imediações do estabelecimento! Para nós… ainda era cedo para almoçar… ficamo-nos por umas bebidas frescas e umas brincadeiras com o “bolinha de pêlo” recém-nascido! Vejam as fotografias…. Eheheheh!

Da Aldeia da Ribeira até à Rebolosa percorrem-se uns single-tracks excelentes a apelar um pouco à técnica… muito bom! Na Rebolosa os vários fontanários de “Água não Controlada” deixaram-nos na dúvida… mas uma simpática habitante local disse-nos que era à confiança! Aproveitámos e abastecemos os sacos de hidratação dos Camel-bags… até à próxima povoação… Alfaiates!

Alfaiates não pertence ao grupo das 12 Aldeias Históricas de Portugal… mas a sua configuração e o património histórico-cultural certamente seriam suficientes para integrar o rol das Aldeias Históricas. Fizemos um pequeno circuito pela localidade… registámos os vestígios históricos mais interessantes na digital e assentámos arraiais no Café “Tasca D’El Rei” onde o suco de cevada fresquinho deu alento à continuação da nossa etapa!

Trilhos espectaculares percorridos após Alfaiates… onde a sombra dos Carvalhos fazia atenuar a canícula que se fazia sentir com a chegada da hora do “almoço”. Passámos a localidade do Soito e foi mesmo numa zona onde o GR22 será certamente alterado (ou improvisado) em breve, motivado pelas obras de construção de mais um tapete de “alcatroni”, que repousámos numa sombrinha para comer algo mais sólido e dar mais dois dedos de conversa em amena cavaqueira! Está lá o Silvério… está lá a cavaqueira! Ehehehe!

Do local onde “almoçámos” até ao Sabugal é um instante…o seu cartão de visita… o Castelo Medieval vê-se à distância e pela sua imponência valeu bem a pena o pequeno desvio que fizemos para o visitar. O Café/ Bar “O Bardo” fica ali mesmo ao lado de uma das entradas do castelo e a sua esplanada à sombra convidava mesmo a uma bebida fresca! Perfeito!

Voltámos a sair da muralha, passámos pela fonte “da chave” (!!!) para “enchimento de águas” e em descida cruzámos a Ponte do Côa que atravessa a Ribeira dos Aluados… (sugestivo nome)… para sairmos em subida do Sabugal.

Do Sabugal a Sortelha não são muitos Km’s… mas a tendência é sempre a subida! E o calor fazia-se sentir bem… A Aldeia de Stº António é a última povoação que se cruza para, já em alcatrão, se começar a avistar o destino final desta 5ª Etapa do GR22 - Sortelha!

Sortelha… como quase a maioria das aldeias históricas apresenta o seu castelo altaneiro obrigando a um último esforço e apelo ao sacrifico para assim, por volta das 14:30, conquistar com sucesso o fim da etapa. Em Sortelha, que considero uma das mais bonitas Aldeias Históricas de Portugal, foi tempo de saborear um licor de fabrico tradicional (fresquinho) de hortelã e posar para a fotografia final que certamente ficará para a posteridade!

Uma palavra especial de agradecimento ao Pedro (da Sertã) que neste troço do GR22 contribuiu com os seus dotes de “motorista inter-aldeias”. A ele o nosso muito obrigado! Quem sabe para a semana não esteja de novo connosco! Eheheh!

Em resumo e em jeito de conclusão… a 5ª Etapa GR22 que liga Castelo Mendo a Sortelha é rica em trilhos e paisagens brilhantes, os 77Km’s efectuados não apresentam dificuldades extremas (1200 de acumulado)… mas o calor que se fez sentir aumentou sensivelmente o grau de dificuldade da etapa. Para a semana… iremos aproximar-nos ainda mais do nosso destino final desta aventura GR22 - Castelo Novo! Será a 6ª etapa (penúltima) e irá ligar as Aldeias Históricas de Sortelha a Monsanto (Aldeia mais Portuguesa de Portugal). A aventura promete!!!

PS: Para a semana Silvério e o seu novo “Brain”!!! Ah pois é… esperam pela aventura… e comédia!! Ehehehe!

Amigos…
Fiquem bem…
Ver-nos-emos no topo de Monsanto!